Eu tive todo o tempo do mundo.
Dias, meses, anos...
E deixei tudo para depois.
Deram pra mim uma caixa sem fundo
Cheia de planos
E eu os ignorei, pois
Um não me era o bastante
E dois já pareciam demais.
Assim como seria, não obstante,
Um par ímpar de pais.
Me deram um livro para ler,
Eu queria escrever;
Me deram papel e caneta
E eu os guardei na gaveta.
Me mostraram uma tela impressionista,
Eu fugi, querendo enganar a vista;
Me mostraram a realidade
E eu desmenti a verdade.
Me pediram pra sair de casa,
Eu preferi uma socialização rasa;
Me pediram pra encarar a solidão
E eu chorei, em total depressão.
Fui do contra e resisti,
Fiz tudo o oposto do que deveria.
Mas chegou uma hora que eu desisti
E voltar atrás era o que eu queria.
Mas já era muito tarde
A vida chegava ao fim
E uma voz veio me dizer:
"Agora deixe, não faça alarde,
Pois terminar a história assim
Não vai te ajudar a resolver."
Mas eu sou do contra mesmo
Em paradoxo, um paradoxo!
Peguei a caneta e o papel da gaveta
E vim escrever!
Dias, meses, anos...
E deixei tudo para depois.
Deram pra mim uma caixa sem fundo
Cheia de planos
E eu os ignorei, pois
Um não me era o bastante
E dois já pareciam demais.
Assim como seria, não obstante,
Um par ímpar de pais.
Me deram um livro para ler,
Eu queria escrever;
Me deram papel e caneta
E eu os guardei na gaveta.
Me mostraram uma tela impressionista,
Eu fugi, querendo enganar a vista;
Me mostraram a realidade
E eu desmenti a verdade.
Me pediram pra sair de casa,
Eu preferi uma socialização rasa;
Me pediram pra encarar a solidão
E eu chorei, em total depressão.
Fui do contra e resisti,
Fiz tudo o oposto do que deveria.
Mas chegou uma hora que eu desisti
E voltar atrás era o que eu queria.
Mas já era muito tarde
A vida chegava ao fim
E uma voz veio me dizer:
"Agora deixe, não faça alarde,
Pois terminar a história assim
Não vai te ajudar a resolver."
Mas eu sou do contra mesmo
Em paradoxo, um paradoxo!
Peguei a caneta e o papel da gaveta
E vim escrever!
Samanta Geraldini
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