Tenho algumas coisas a serem ditas, mas estou meio confusa, não sei por onde começar. Supondo que eu consiga manter esse hábito de escrever por mais quatro dias, creio que registraria tudo aquilo que planejo atualmente. Supondo também que aconteça o mesmo que aconteceu depois de eu ter escrito uma folha - o que eram 2 ideias, depois de 1 ser exposta, passaram a ser 3 -, digo que precisaria de mais um mês e pelo menos um caderno em branco para escrever as ideias que virão. Eles por eles, melhor eu saciar essa minha necessidade.
Primeiro assunto, por favor comparecer ao setor de debates...
Andei pensando numa coisa que me disseram há uns cinco meses.
Perguntaram-me: Já se apaixonou?
E eu respondi: Por incrível que pareça, nunca!
Espantado, quem me falava alegou, com toda a sua convicção de poeta apaixonado: Impossível, os textos que escreve são românticos demais para tal afirmação.
A conversa ficou por isso mesmo.
Hum... mas sabe quando a gente está lavando a alma debaixo do chuveiro e é totalmente impossível deixar de pensar na vida? Bom, nessas horas eu também costumo cantar, e essa é uma mistura perigosa e muito eficiente.
Eu sou poeta e não aprendi a amar!
Frase nada romântica e tudo poética, meu Pai do Céu. Eu gostava de usar ela pra me definir. Ai, ai, mas quando a gente fica com o coração mole, tudo parece ter outro sentido. Sentimentos aflorados, uma vontade imensa de gritar ao mundo... vai dizer que não sabia que é por isso que estou escrevendo adoidada?
Foi por tanto me imaginar assim que conclui um pensamento há anos inacabado. No fim hei de concordar, eu estava apaixonada quando comecei a escrever, há dois anos e alguma coisa. Mas falar de "apaixonado" é que eu não concordo, tá mais pra "enamorado". Paixão e amor são coisas bem diferentes. E falo claramente aqui, eu AMAVA. Letras garrafais pra ficar melhor a compreensão...
Agora, só uma coisinha: pare pra pensar no que é o amor. Pessoas tentando defini-lo enquanto eu o sinto; pessoas rotulando-o enquanto eu tento simplesmente demonstrá-lo. Ah, por favor, é de conhecimento geral que para os japoneses há três tipos de amor né? No meu ver, há até mais.
Amor é um sentimento comum, mas raro. Parece difícil entender essa afirmação, mas é assim que vejo. Amor, aquele próximo da amizade ou da paixão, tem muito por aí. Arrisco a dizer que todo mundo sente. Amor, aquele que ninguém consegue definir com exatidão, ah, esse daí não é todo mundo que já conheceu não. Nem sei se eu já conheci, é bem confuso explicar isso. Mas o importante é, apesar de gênero, cor, idade ou classe social, os nossos múltiplos amores são (i)limitadas fontes de inspiração.
Aproveitei uma delas por bastante tempo, mas tá vendo aquele "(i)" escondidinho ali? Então, é porque não é bem infinita essa luz que guia nossas artes. Ou melhor, ela, em si, não acaba, mas às vezes fica difícil ter acesso a ela, ou ao conteúdo dela. Só digo que pude aproveitar bem, foi uma das primeiras fontes de amor que pude provar - e olha, lembre-se bem de que existem inúmeras formas de amor. Não que eu me preocupe caso alguém interprete da forma errada, isso quem sabe e julga sou só eu. É que isso serve de aviso para os confusos espalhados por aí.
E não vai pensando também que qualquer tipo de amor tem o mesmo efeito porque não tem. Se tivesse, não seria tão sem lógica como sou, não seria tão completa como sou.
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