Mais um dia se passou.
Depois de acordar cedo,
Ir para a escola,
Ver centenas de pessoas,
Gastar seus neurônios ao máximo numa prova difícil,
Você enfim chega em casa!
O cansaço é enorme:
Sua cabeça dói,
O estômago está roncando,
Os pés não aguentam mais o peso que está sobre eles.
Então você larga o material sobre a mesa,
Descalça os sapatos
E senta tranquilo no sofá da sala.
Liga a TV,
Está começando um jornal.
A primeira manchete se inicia dizendo:
“Homem é acusado de estuprar a filha de oito anos...”.
O fato não te surpreende mais,
Não foi a primeira nem a última vez que você ouviu isso.
Sua atenção é voltada para o irmão mais novo que se aproxima,
Ele está no telefone e
Conversa com um amigo sobre o novo colega de classe:
“Como ele é engraçado e esquisito... usa roupas feias, os óculos são enormes,
Depois de acordar cedo,
Ir para a escola,
Ver centenas de pessoas,
Gastar seus neurônios ao máximo numa prova difícil,
Você enfim chega em casa!
O cansaço é enorme:
Sua cabeça dói,
O estômago está roncando,
Os pés não aguentam mais o peso que está sobre eles.
Então você larga o material sobre a mesa,
Descalça os sapatos
E senta tranquilo no sofá da sala.
Liga a TV,
Está começando um jornal.
A primeira manchete se inicia dizendo:
“Homem é acusado de estuprar a filha de oito anos...”.
O fato não te surpreende mais,
Não foi a primeira nem a última vez que você ouviu isso.
Sua atenção é voltada para o irmão mais novo que se aproxima,
Ele está no telefone e
Conversa com um amigo sobre o novo colega de classe:
“Como ele é engraçado e esquisito... usa roupas feias, os óculos são enormes,
Não abre a boca nem para se defender...”.
Ele está rindo, mas não imagina o sofrimento daquele garoto.
Você se levanta e vai para o quarto.
A porta de entrada se abre,
É sua mãe que acaba de chegar do árduo trabalho.
Ela reclama de dores
E você sabe que não são consequências da profissão.
Ela entra no quarto dela e começa a chorar
Enquanto você ouve tudo silenciosamente.
Nesse momento, provavelmente,
Seu pai está num bar,
Bebendo até não aguentar mais.
Não vai demorar muito para que ele chegue em casa,
Os dois vão discutir,
Ela vai apanhar,
Chorar calada,
Omitir um crime.
E você?
Vai guardar tudo isso na memória
E levar para o resto de sua vida.
Mas dessa vez ele não chega.
Em seu lugar aparece um homem desesperado:
“Ele morreu, atiraram nele... sinto muito minha senhora!”.
Acabou!
Seu pai está morto,
Sua mãe, enfim, livre,
E sua vida sem rumo.
Violência gerou mais violência.
O resultado?
Tragédias inesgotáveis.
O que fazer?
Não sei,
Mas posso afirmar:
Sempre foi assim!
Ele está rindo, mas não imagina o sofrimento daquele garoto.
Você se levanta e vai para o quarto.
A porta de entrada se abre,
É sua mãe que acaba de chegar do árduo trabalho.
Ela reclama de dores
E você sabe que não são consequências da profissão.
Ela entra no quarto dela e começa a chorar
Enquanto você ouve tudo silenciosamente.
Nesse momento, provavelmente,
Seu pai está num bar,
Bebendo até não aguentar mais.
Não vai demorar muito para que ele chegue em casa,
Os dois vão discutir,
Ela vai apanhar,
Chorar calada,
Omitir um crime.
E você?
Vai guardar tudo isso na memória
E levar para o resto de sua vida.
Mas dessa vez ele não chega.
Em seu lugar aparece um homem desesperado:
“Ele morreu, atiraram nele... sinto muito minha senhora!”.
Acabou!
Seu pai está morto,
Sua mãe, enfim, livre,
E sua vida sem rumo.
Violência gerou mais violência.
O resultado?
Tragédias inesgotáveis.
O que fazer?
Não sei,
Mas posso afirmar:
Sempre foi assim!
Samanta Geraldini
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