Penso,
Uso e abuso
E deixo de lado.
Repenso,
Coloco num canto,
Encontro um espaço,
Acho uma utilidade,
Mas devolvo pro lixo.
De repente, preciso de novo,
Limpo, reconstruo,
Faço ficar bonito.
Cuido com carinho,
Só que não consigo manter
E estrago mais uma vez.
Mando pro conserto,
Esvazio, limpo,
Deixo novinho, sem um arranhão.
Penso...
Coitado do cérebro
Fica sempre na briga
Não sabe se vai ou se fica,
Se coloca entre os brinquedos
E deixa o coração mandar.
Pois num instante eu o quebro
E a dualidade me instiga
A escrever uma última rima
Mesmo sabendo que meus dedos
Não conseguem falar!
Samanta Geraldini
Nenhum comentário:
Postar um comentário